A Polícia da República de Moçambique (PRM) decidiu intervir no facto de ter aumentado ultimamente no país o número de artistas, entre os quais atores e cantores, que nas suas apresentações usam peças de roupa idênticas ou até mesmo a farda da polícia.
O motivo desta intervenção, que consiste na proibição do uso de fardas por parte de artistas, deve-se a alguma preocupação manifestada pelo Comando Geral da PRM. Isto porque considera que tais atuações dos artistas não abonam em nada a corporação.
Assim, o Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, emitiu uma ordem que proíbe “o uso de uniforme policial, do espólio da PRM e de indumentária similar que se confunda com o uniforme policial por civis em qualquer circunstância”. A proibição foi feita através de uma Instrução com o n.º 14/CGPRM/GCG/027.14/2021, emitida a 14 de julho e assinada pelo Comandante-Geral da PRM.
Segundo o documento, “o Comando-Geral da PRM tem vindo a registar com preocupação pedidos recorrentes de uso de uniforme policial por civis para fins de representação artística, geralmente apresentando cenas que não abonam a boa imagem da Polícia da República de Moçambique”.
A proibição apanhou de surpresa os artistas, que ficaram “boquiabertos” e consideraram a medida ditatorial. Os mesmos afirmaram que vão protestar junto das entidades responsáveis por terem a opinião de que a decisão visa limitar a manifestação e expressão artística.