O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) informou que colocou agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), funcionários do Serviço Nacional de Migração (SENAMI) e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na lista dos mais corruptos nos últimos seis meses.
Os visados são os que mais se envolveram em crimes de corrupção nos últimos seis meses, partilhou a entidade nesta terça-feira, 02 de agosto. A afirmação foi feita na altura do informe anual sobre a situação da legalidade e criminalidade no país.
O GCCC apontou novamente o dedo aos agentes ou funcionários que deveriam combater infrações da lei, prevenir o crime e garantir a segurança, mas que são os que mais crimes cometeram no primeiro semestre de 2022.
Segundo o porta-voz do GCCC, Romualdo Joane, “relativamente aos magistrados, um era juiz do Tribunal da Província de Maputo e outro juiz do Tribunal da Província de Gaza, indiciados no crime de peculato e uso indevido de fundos colocados à sua disposição, cujos processos foram acusados nos dias 31 de maio e 28 de junho de 2022, respetivamente, e remetidos aos tribunais competentes”.
Quanto à PRM, falou sobre uma tendência de aumento de casos criminais, quando comparado ao ano transacto. “Acusados da prática de tipos legais de crimes de corrupção e conexos, foram deduzidos processos contra 59 membros da PRM, na sua maioria, acusados de prática de corrupção passiva para acto ilícito e abuso de cargo ou função, de solicitarem ou receberem valores de automobilistas, na via pública, para não emissão de multas e/ou outras penalizações aos automobilistas”, disse.