O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da Renamo iniciou na serra da Gorongosa esta segunda-feira, 29 de julho, tendo o presidente do maior partido da oposição, Ossufo Momade, assinalado o momento como “histórico e de grande simbolismo”.
O começo da operação, que decorreu em Satunjira, província de Sofala, foi testemunhado pelo dirigente e por peritos militares internacionais, além de jornalistas e de membros do Governo integrados na Comissão dos Assuntos Militares, que é também composta por representantes da Renamo.
Momade aproveitou a ocasião para salientar a necessidade de empenho de todas as partes envolvidas para o sucesso do DDR. “A partir desta cerimónia histórica e de grande simbolismo, esperamos que prevaleçam os valores de não mais voltarmos a cometer os erros do passado”, afirmou no acto de arranque da operação.
A cerimónia foi marcada pela entrega de armas por parte de quatro guerrilheiros da Renamo à Comissão dos Assuntos Militares. No entanto, segundo o líder da formação política, prevê-se que 5.221 membros do braço armado sejam abrangidos pelo DDR em todo o país. “Somos por uma reintegração humanizada e dignificante, daí que aguardamos a concretização das promessas de apoios feitas, quer pelo Governo, quer pela comunidade internacional, para que este fim seja uma realidade”, realçou.
Até ao momento não existe uma data publicamente fixada para o fim deste processo, que resulta das negociações de paz entre o Governo e a Renamo, visando pôr termo a ciclos de violência entre as partes e o estabelecimento de uma paz duradoura em Moçambique.