A Procuradoria-geral da República (PGR) deteve na Cidade de Maputo, segunda-feira, 17 de janeiro, oito cidadãos de diversas origens, incluindo funcionários seniores das Alfândegas de Moçambique. Os co-arguidos, segundo a PGR, estão envolvidos no desvio de acima de 18 milhões de dólares, o equivalente a mais de 1 billião de meticais, por via de isenção de encargos aduaneiros.
Segundo a PGR “O grupo falsificou um pedido de isenção de encargos aduaneiros, como se fosse para importação de roupas usadas e Capulanas para doação a pessoas deslocadas e vítimas de terrorismo”.
Parte do valor era abatido na importação de mercadorias para diferentes negócios, escapando ao fisco, outra parte era convertida em dinheiro. No seguimento das detenções, “foram aprendidos vários imóveis, viaturas de luxo e valores monetários”, lê-se no comunicado da PGR, segundo o qual as verbas permitiram aos detidos fazer “investimentos em diversos setores”.
A operação consistia na aquisição de mercadorias, a partir de empresas importadoras, mas no porto de Maputo, os documentos eram trocados e falsificados, colocando-se o nome de empresas com isenção, por forma a furtar-se ao pagamento dos encargos aduaneiros.
Para materializarem os seus intentos recorreram a uma cidadã, Celia Macuacua, de 34 anos de idade, por sinal assistente de despachante aduaneiro para que requeresse a isenção de imposições aduaneiras.
De acordo com uma testemunha no anonimato as detenções começaram com a secretaria do Sr. Arone que foi localizada através da sua aparição em redes sociais e que está logo esta entregou o gestor da empresa TIMAR.
Até na manhã de hoje 18 de Novembro todos arguidos ainda aguardavam a sua legalização para posterior seguimentos de trâmites legais do processo.
Aurelio Sambo – Correspondente