A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve na última semana duas pessoas, Distrito de Namacurra, na província da Zambézia, acusados por crime de posse e tráfico internacional de drogas. Durante a detenção terão sido encontradas quantidades não especificada de heroína e metanfetamina.
Os detidos foram um professor de desenho da escola secundária Bonifacio Gruveta Massamba e um Tenente Das Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM), afecto à base Naval de Macuse. A detenção destes indivíduos ocorreu após várias denúncias populares sobre o escoamento de drogas no Porto de Macuse vindas de alto mar e trazidas a terra por duas pequenas embarcações.
De acordo com Maximino Amílcar, Porta-Voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na Zambézia, no dia 5 de novembro, uma equipa multi sectorial dirigiu-se ao local onde estavam as drogas, tendo sido recebida com disparos de armas de fogo, não havendo a possibilidade de deter os traficantes pois estes puseram-se em fuga.
Entretanto a PRM, remeteu o caso ao SERNIC, que por sua vez, abriu as suas linhas operativas que colheram todas informações necessárias que terminaram com a detenção dos dois agentes e funcionários do Estado. As autoridades referem haver mais envolvidos, estando as investigações ainda estão em curso.
“O tenente era proprietário das duas embarcações a motor frequentemente envolvidas em operações de transbordo de droga do alto mar para o porto de Macuse, a partir de navios que circulam no canal de Moçambique e o professor tinha a responsabilidade de manusear a droga via terrestre. Neste caso há suspeita de participação de altas individualidades na Zambézia, assim como a nível nacional como caso de um deputado da Assembleia da República” explica o porta-voz do SERNIC.
O Serviço Nacional de Investigação ao Criminal reitera que vai continuar a ser implacável na perseguição dos traficantes e exorta os cidadãos a não se envolverem em actos criminosos.
De referir que os envolvidos encontram-se encarcerados na Penitenciária Provincial da Zambézia aguardando pelos trâmites processuais. Este é o segundo caso de drogas pesadas em Macuse em menos de cinco meses.
Aurelio Sambo – Correspondente