O presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, ordenou ao ministério da saúde prorrogar mais três dias a vacinação dos cidadãos que deveriam tomar segunda dose da vacina até dia 17 de Julho, no entanto, pede que o façam quanto antes tendo em conta os prazos da validade da própria vacina.
A segunda dose da segunda fase da campanha de vacinação contra a COVID-19 tinha o seu término previsto no dia 14 de Julho, porém, o prazo foi estendido para o dia 20, devido à constatação de que há pessoas que ainda não se apresentaram nos postos de vacinação para tomarem a segunda dose do imunizante, facto que faz com que as metas previstas estarem aquém do desejado.
“Exorto a todos que já fizeram a primeira dose da vacina para afluírem aos postos de vacinação para completar as suas doses e, desta forma, aumentar a sua imunidade. Instruí o Ministério da Saúde a dar mais oportunidade aos que podem ir. No lugar de terminar no dia 17, termine terça-feira, dia vinte”, disse Filipe Nyusi.
Prorrogam-se os prazos de vacinação, mas o mesmo não se pode fazer com a validade dos imunizantes, daí que o Chefe do Estado sugere que em casos de não adesão dos grupos-alvo, as vacinas sejam usadas para outros cidadãos, para evitar perdas. “Instrui o ministério para não deixar nenhuma vacina fora do prazo, porque nessas condições as vacinas têm de ser iliminadas, enquanto há moçambicanos que precisam dessas vacinas.”
Em todo o país, a previsão é que sejam imunizadas com esta segunda fase da campanha de vacinação contra a COVID-19 cerca de 250 mil pessoas.
Entre os abrangidos nesta fase estão profissionais de saúde, idosos vivendo em lares de terceira idade e trabalhadores destes locais, doentes com diabetes, membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS), profissionais de comunicação social, doentes em terapia imuno-depressora, insuficiência renal crónica, cardíaca ou respiratória, a população residente nos centros de acomodação e em áreas urbanas.
As próximas, terceira e a quarta fases, estarão reservadas para imunização da população não abrangida nas anteriores etapas, até atingir a meta de cerca de 17 milhões de cidadãos.
Na semana passada, o mais alto magistrado da nação anunciou que o país vai receber até finais de Agosto próximo 11 milhões de doses de vacina.
O processo não inclui mulheres grávidas e menores de 15 anos,devido à falta de evidência científica sobre a eficácia e segurança da vacina nestesgrupose o público-alvo poderá ser alterado em função da disponibilização de dados sobre a sua efectividade.
Para terminar, Filipe Nyusi destacou ainda a necessidade de se valorizar os esforços do Governo na aquisição das vacinas contra a COVID-19.
Aurelio Sambo