O arguido Khessuajee Pulchand afirmou nesta terça-feira, 21 de setembro, durante o julgamento das “dívidas ocultas”, que não conhece a empresa M-Construções.
Assim, o ex-funcionário da casa de câmbio disse que recebeu um montante da referida empresa mesmo sem saber para que fim o dinheiro devia ser usado.
Pulchand partilhou também que conheceu Fabião Mabunda nos tempos de faculdade. Os dois não eram amigos, apenas frequentavam a mesma escola, acrescentou.
No entanto, o juiz do caso confrontou-o com o cheque, levantado pelo próprio, no valor de 500,000.00 da empresa de Mabunda M-Moçambique Construções. Só depois disso o réu confirmou o levantamento, mas declarou que foi levantar o cheque a mando do seu chefe.
Apesar de ter percebido que a conta era para outros fins, continuou, ficou descansado porque lhe foi dito que era normal naquela instituição os funcionários receberem dinheiro na própria conta gerida pela empresa.
Khessuajee Pulchand mencionou igualmente que não tinha conhecimento de todas as transações que se faziam na sua conta bancária, ou seja, ele apenas assinava os cheques, mas a gestão era da empresa.
O 13.º réu em audição é acusado de ter recebido mais de 13 milhões de meticais (172 mil euros) das “dívidas ocultas” e de realizar crimes de associação para delinquir, abuso de confiança e branqueamento de capitais.