Moçambique vai receber, ainda em 2022, 770 milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Esta decisão das duas instituições estrangeiras marca o regresso de uma ajuda ao país que foi parada em 2016.
A suspensão do financiamento do Orçamento do Estado moçambicano deveu-se à descoberta das “dívidas ocultas” das empresas ProIndicus, MAM e Ematum.
No entanto, a situação mudou neste mês de maio. O Conselho de Administração do FMI aprovou um pacote de financiamento de 470 milhões de dólares norte-americanos, que deverá ser pago dentro de dez anos, a uma taxa de juro de zero por cento.
“O juro a ser pago é basicamente zero. Existem algumas taxas e isso também é uma questão transparente que pode ser vista na página [eletrónica] do Fundo”, esclareceu o representante residente do FMI em Moçambique, Alexis Meyer-Cirkel, citado pelo jornal “O País”.
Quanto ao Banco Mundial, o Governo moçambicano espera que o mesmo recomece a financiar o Orçamento de Estado ainda este ano, depois da paragem de seis anos. O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, adiantou que o valor inicial a ser disponibilizado poderá corresponder a 300 milhões de dólares.
“Esperamos para breve que o Banco Mundial já venha diretamente apoiar o Orçamento do Estado com o pacote inicial de 300 milhões de dólares a partir deste ano e também estamos em processo de mobilização de mais parceiros que precisavam deste sinal para formalizarem os apoios que temos em carteira”, partilhou.