Governos do Reino Unido e da Suécia assinaram, esta quarta-feira, 17 de Maio, um acordo para apoiar com mais de 192 milhões de meticais o programa de energias renováveis em Moçambique, que está em curso desde 2019 e tem o fim previsto para 2024, abrangendo 1,9 milhões de pessoas.
De acordo com as autoridades, o acesso à energia eléctrica ainda não atingiu 50% da população moçambicana e o Governo tem como meta levar energia a toda população até 2030. As energias renováveis são uma das apostas para o alcance dessa meta.
O Governo britânico disse que apoia Moçambique no desenvolvimento de infra-estruturas resistentes a alterações climáticas, bem como a transição energética.
“O Programa Energia Para Todos, de âmbito nacional, permite o acesso à energia eléctrica a todas famílias moçambicanas ainda sem acesso a electricidade. Através de iniciativa presidencial, todos os postos administrativos terão energia até 2024, permitindo o incremento no acesso à energia de 35% para 60% até 2024 e 10 milhões de moçambicanos tenham energia pela primeira vez”, disse Carlos Zacarias, ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique.
O dinheiro injectado é para o programa “Brilho”, que está em implementação em todo o país e já beneficiou 1,3 milhões de pessoas com acesso à energia eléctrica e térmica.
Refira-se que semana passada, o Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugurou no distrito de Magude, província de Maputo, a Central Fotovoltaica do Posto Administrativo de Mapulanguene, no âmbito do Programa Nacional de Energia para Todos (PROENERGIA), que visa garantir o acesso à energia para mais moçambicanos.
Trata-se de uma Central que possui uma extensão de rede de cerca de 7 km, com a capacidade de produção de 100 kw de energia, financiada pelo Orçamento do Estado em mais de 79 milhões de meticais, prevendo-se para a primeira fase do projecto, cerca de 209 ligações, maioritariamente a residências.
Aurélio Sambo – Correspondente
