A Renamo acusou a Frelimo de coagir os seus membros, obrigando-os a pagar quotas e tornando-os então militantes do partido no poder.
“Há casos em que os membros da Renamo são obrigados a pagar quotas a favor do partido Frelimo”, declarou o secretário-geral da maior formação política da oposição em Moçambique, André Magibire.
As declarações foram feitas no discurso de abertura da reunião nacional de quadros da organização. Magibire reiterou ainda que no distrito da Gorongosa, província de Sofala, os dirigentes da Frelimo têm coagido os militantes da Renamo a “entregar-se” às fileiras da organização política no poder, forçando-os a pagar quotas.
“Se você for delegado distrital [da Renamo] paga cinco mil meticais [58 euros]”, partilhou igualmente. Este valor é assim equivalente ao salário mínimo tabelado em muitas profissões, “e se for outro membro qualquer entrega-se e paga 500 meticais [cinco euros]”.
O secretário-geral descreveu também como “martírio” o ambiente em que os militantes da Renamo exercem a atividade partidária nas províncias de Manica e Sofala, centro do país. Tal deve-se ao elevado nível de perseguição a que têm sido sujeitos.