O secretário-geral da Renamo informou que o partido está aberto a receber os dissidentes que eram dirigidos pelo falecido Mariano Nhongo na Junta Militar. Segundo André Magibire, são muito baixas as possibilidades de retaliação à morte de Nhongo.
Esse cenário “é uma possibilidade, ainda que remota. O que nós queremos é que todos voltem porque não queremos falar de perigo, nem de retaliação, de vingança, porque a haver vingança teremos situações similares (…) que voltem a casa, que todos sejam desmobilizados, vamos trilhar este caminho da paz e da reconciliação nacional”, apelou durante uma entrevista concedida ao Programa Noite Informativa, da STV.
“Esta pretensão de que todos voltassem a casa nós já tivemos há bastante tempo, mesmo com Mariano Nhongo em vida, e continuamos a dizer voltem. Agora, isso cabe a eles perceberem que é preciso voltar. Nós temos as nossas representações, as nossas delegações políticas, é só ir e se apresentar e a liderança será comunicada e serão bem recebidos e encaminhados para o processo de DDR [Desarmamento, Desmobilização e Reintegração]. Nós como partido estamos abertos para receber qualquer uma das pessoas para que juntos possamos trabalhar”, concluiu.
A Renamo indica que existe um registo de pelo menos 60 militantes da Junta Militar que já aderiram ao DDR.
Magibire acrescentou que a Renamo irá estar presente no funeral do seu antigo militante, antigo estratega militar do malogrado Afonso Dhlakama, ex-presidente da organização política.