O secretário-geral da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) informou esta segunda-feira, 05 de novembro, que o sucessor do falecido presidente do partido, Afonso Dhlakama, vai ser eleito em congresso num prazo de três meses. “Em dois ou três meses teremos o congresso e teremos todos os órgãos do partido que correspondam à nova realidade”, declarou Manuel Bissopo, citado pelo canal STV.
O principal partido da oposição não tem um presidente desde maio deste ano, na sequência da morte por doença de Afonso Dhlakama. Tem sido Ossufo Momade a dirigir a RENAMO, enquanto se espera a escolha do sucessor de Dhlakama.
Em resposta às notícias sobre a candidatura do secretário-geral do partido à presidência do mesmo, Bissopo afirmou apenas que a seleção do novo líder irá depender da vontade dos membros. “A vontade individual não se sobrepõe à vontade da maioria, por isso, todos nós somos soldados prontos para cumprir uma missão, que é a vontade da maioria”, garantiu.
Elias Dhlakama, irmão do antigo líder Afonso Dhlakama, tem sido também noticiado como um dos alegados candidatos ao cargo. “Os membros da Renamo têm opções, cada um opta por aquilo que quer”, disse Elias Dhlakama, o general das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na reserva, tendo remetido igualmente a decisão do novo presidente do partido para os membros do mesmo, tal como Manuel Bissopo.
Entretanto, a chefe da bancada parlamentar da RENAMO, Ivone Soares, reforçou que o partido precisa de escolher, com urgência, um novo presidente, um vez que haverá eleições gerais em Moçambique já no próximo ano, em 2019. “Temos que rapidamente nos recompormos como partido, com uma direção firme para avançar para as eleições gerais”, sublinhou.