A Renamo oficializou a candidatura do seu líder, Ossufo Momade, à presidência de Moçambique, ao ter submetido a mesma esta quarta-feira, 26 de junho, para a as eleições de 15 de outubro. Segundo o secretário-geral do partido, André Magibire, foram cumpridos todos os requisitos para o procedimento efetuado.
Foi o mandatário da maior formação política da oposição no país, Venâncio Mondlane, que se dirigiu ao Conselho Constitucional (CC) para legitimar a candidatura de Momade, tendo sido acompanhado pelo secretário-geral e por alguns membros da Comissão Política da Renamo. O CC recebeu, verificou e a acusou a receção dos documentos para a formalização da candidatura.
Quando questionado pela imprensa sobre por que razão o presidente da Renamo não testemunhou este acto, Magibire afirmou que Momade está ocupado com assuntos do partido na Serra da Gorongosa. A pergunta foi feita porque, apesar de a lei moçambicana não exigir a presença do candidato à eleição presidencial, é habitual os concorrentes estarem no ato de apresentação para saudarem os militantes e falarem à imprensa.
Sobre o recenseamento eleitoral, o secretário-geral disse tê-lo considerado vergonhoso, indicando o caso da província de Gaza, a sul do país, que ganhou mais dez mandatos para a Assembleia da República por ter ultrapassado a meta do número de registo de eleitores. O político acusou o Secretário Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de ter programado a manipulação do recenseamento para beneficiar a Frelimo, partido no poder.
Recorde-se que a submissão de candidaturas para as eleições presidenciais decorre até 16 de julho.