A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) vai enviar uma equipa técnica a Moçambique para avaliar das necessidades do país no combate ao terrorismo. O motivo deve-se ao facto de a província de Cabo Delgado ser invadida por grupos armados desde outubro de 2017.
Esta decisão foi classificada como “carácter urgente” e integra a declaração final da cimeira da dupla Troika da SADC, que esteve reunida em Maputo, capital moçambicana.
Segundo a Secretária Executiva da SADC, Stergomena Tax, “a Cimeira da Dupla Troika decidiu formar e enviar imediatamente a Moçambique uma equipa técnica” para a avaliação das necessidades de apoio na luta contra a violência armada no Norte do país.
Tax acrescentou que os resultados da avaliação vão ser submetidos à consideração de uma cimeira extraordinária da Dupla Troika, convocada para o dia 29 deste mês de abril, em Maputo.
Por sua vez, a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, disse que, “tendo em conta a dimensão real da ameaça, a comissão estará cá de modo a ver que tipo de meios são necessário de modo a ter uma reação proporcional ao nível da ameaça”.
Na Dupla Troika da SADC estiveram presentes o Presidente de Moçambique e atual líder em exercício da SADC, Filipe Nyusi, e os homólogos do Botswana, que preside o órgão de cooperação para Política, Defesa e Segurança, Mokgweetsi Masisi, do Malawi (que assume a próxima presidência rotativa da SADC), Lazarus Chakwera, da África do Sul (próximo presidente em do órgão de Política, Defesa e Cooperação de Segurança), Cyril Ramaphosa, do Zimbabué, Emerson Mnangagwa, e, em representação da Chefe de Estado da Tanzânia, o Presidente do Governo da região autónoma de Zanzibar, Hussein Ali Mwinyi.