O ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, informou que o Executivo de Maputo solicitou 700 milhões de dólares norte-americanos (652.195.000 euros) aos parceiros externos para fazer face aos impactos negativos do Covid-19.
Este pedido foi feito após o registo oficial do primeiro caso do novo coronavírus no país, cujo crescimento económico para 2020 foi revisto em baixa. A previsão inicial apontava para um Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 4%, mas, devido ao surto do Covid-19, acabou por ser cortado para 2,2%.
Entretanto, o orçamento para o setor da saúde foi revisto, tendo passado de 30 milhões para 50 milhões de dólares (de 27 milhões para 46 milhões de euros) este ano.
“Em função dos novos acontecimentos, o Governo teve que rever a dotação orçamental que estava prevista para este ano. A saúde pública tornou-se uma prioridade”, explicou o ministro da Saúde, Armindo Tiago, à saída do encontro com os parceiros externos.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), “Moçambique tem muitos amigos que vão poder ajudar”, podendo a solicitação de um fundo de emergência ser acionada. O representante-residente do FMI em Maputo, Ari Aisen, referiu que esse fundo pode ser subtraído do pacote global de 50 biliões de dólares aprovado pela instituição financeira internacional que representa para os países afetados pelo Covid-19, dependendo a fatia para Moçambique da quota do mesmo no FMI.