O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique admitiu que ainda não possui mecanismos fiáveis para o rastreio e controlo da Covid-19 nas escolas. A informação foi avançada em entrevista pela Chefe da Repartição de Educação Geral do Serviço de Assuntos Sociais na Direção de Educação da cidade de Maputo, Sandra Machaieie.
Esta fonte indica que os casos positivos de Covid-19 reportados pelo setor, até ao momento, resultam das informações fornecidas às direções das escolas pelos pais e encarregados de educação dos alunos infetados, além dos professores infetados, e não da testagem destes.
Isto significa, prosseguiu, que o setor da educação não conhece a real situação das escolas do país. Desde o início do segundo trimestre que Maputo registou um cumulativo de 21 casos positivos em alunos e professores das escolas públicas e privadas. Dos infetados, 11 são alunos, oito são professores e dois são funcionários.
“Para os alunos que tiveram contacto com os casos positivos faz-se o rastreio. Nós trabalhamos sempre em coordenação com a Direção da Saúde e, em qualquer situação, ligamos para a Direção Distrital da Saúde e para a Direção de Saúde da cidade e juntam-se a nós e fazemos o trabalho. São eles que vêm fazer desinfeção e o rastreio dos contactos. (…) Faz-se a testagem apenas para os alunos que tiverem sintomas sugestivos e não colocamos crianças em casa porque um aluno testou Covid-19”, explicou Machaieie.
A responsável acrescentou que nenhuma escola pública está encerrada na cidade de Maputo. Quanto às privadas, fecharam por iniciativa própria e sem comunicar as autoridades da Educação.