A consultora Eurasia considera improvável que as companhias energéticas internacionais recomecem os trabalhos no Norte de Moçambique nos próximos 12 meses. O motivo deve-se aos frequentes ataques terroristas existentes nessa zona do país, que colocam em risco a vida dos trabalhadores das petrolíferas.
“O potencial para o Estado Islâmico providenciar financiamento e recursos aos insurgentes e a possível chegada de reforços da Tanzânia vai provavelmente fortalecer a insurgência, tornando o recomeço do projeto de exploração de gás natural liquefeito nos próximos 12 anos improvável”, pode ler-se num comentário aos principais acontecimentos em várias economias africanas, citado pela “Lusa”.
Esse comentário foi enviado pela Eurasia aos investidores, podendo ainda ler-se que “a insurgência deverá persistir no seguimento da reorganização do grupo terrorista que opera em Moçambique”.
Recorde-se que no dia 10 de maio os terroristas atacaram o distrito de Macomia. O Estado Islâmico designou Moçambique como uma das suas províncias (Wilaya Moçambique), afirmam os analistas, salientando que esse anúncio “demonstra a reorganização das operações do grupo terrorista em África e um alargamento das suas operações no País”.