Fontes das autoridades de saúde moçambicanas afirmaram que foram encerradas, nos últimos três anos, 37 unidades sanitárias das 130 que existiam em Cabo Delgado. O motivo deve-se ao terrorismo local, feito através de ataques armados nesta província.
Uma parte da população que vive em Mocímboa da Praia, Quissanga, Macomia e Meluco, entre outros distritos considerados inseguros, queixou-se de não ter acesso aos cuidados básicos de saúde.
“Algumas unidades sanitárias da província estão encerradas devido a insegurança, mas sempre que a situação de segurança melhora temos enviado algumas brigadas móveis para atender a população, especialmente nas sedes distritais”, informou o Diretor Provincial de Saúde de Cabo Delgado, Magido Sabuna.
Entretanto, além de brigadas móveis, Sabuna disse que se está a “trabalhar com agentes polivalentes comunitários que vivem em zonas de difícil acesso, que recebem os medicamentos para atender a população”.
Ainda não se sabe, oficialmente, quantas pessoas continuam a viver em áreas consideradas de alto risco devido ao terrorismo. Também não há uma informação real do estado de saúde da população, que por várias razões ainda permanece nas zonas de conflito.
“A população não deve baixar a guarda, porque numa situação de guerra estão susceptíveis a contrair doenças que pode agravar a vulnerabilidade de muitas famílias”, alertou Sabuna.