Moçambique: Terrorismo põe em risco projeto de gás

Os ataques armados ocorridos na província de Cabo Delgado estão a colocar em risco o futuro da central de gás natural liquefeito que a empresa francesa Total quer construir em Afungi, localizado no distrito de Palma.
Devido à nova invasão registada a 01 de janeiro deste ano, a cerca de cinco quilómetros do local onde a Total está a instalar a central, tiveram de ser evacuados os funcionários estrangeiros. Quanto aos trabalhadores moçambicanos, foram enviados para as suas áreas de origem.
Depois de ter suspendido as atividades, a empresa francesa respondeu à imprensa que se tratou de “uma resposta à situação existente, incluindo os desafios em curso associados à Covid-19 e à situação de segurança no norte de Cabo Delgado”.
“O ambiente operacional continua em avaliação contínua”, disse ainda o porta-voz da Total, que mantém “uma comunicação permanente com as autoridades moçambicanas sobre o assunto”.
Segundo analistas em Moçambique, esta redução do número de trabalhadores da petrolífera agrava ainda mais o nível de incerteza relativamente ao projeto de gás natural liquefeito.
O ministro moçambicano da Defesa Nacional, Jaime Neto, assegurou que as Forças de Defesa e Segurança estão prontas para proteger Afungi e também todos os locais que possam ser alvos de ataques terroristas.