O distrito de Mecula, na província moçambicana do Niassa, registou sete ataques terroristas entre novembro e dezembro de 2021. As invasões frequentes já causaram 3.803 deslocados internos.
As informações foram divulgadas pela Governadora do Niassa e avançadas pela “Carta de Moçambique”. Elina Judite Massegele esteve em Mecula na quarta-feira, 12 de janeiro.
Esse é assim o distrito mais afetado pela onda de ataques terroristas. “Já reforçámos a Polícia da República de Moçambique (PRM) e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) nas posições mais vulneráveis, com vista a conter o alastramento do fenómeno, incluindo os locais atacados”, disse a responsável do Niassa.
“Porém, a população tem um papel importante na sensibilização para manter a vigilância e incentivar a denúncia de movimentos estranhos ao nível do distrito”, afirmou.
São cerca de 1.192 as famílias correspondentes a 3.803 deslocados internos, que se encontram no centro de acolhimento da vila-sede de Mecula. O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) e outras organizações humanitárias distribuíram tendas, lonas, plásticos para cobertura, cereais, oleaginosas, óleo alimentar e roupa diversa.
Foram também construídas 244 cabanas, 19 latrinas. Fata construir 173 cabanas e 14 latrinas para as famílias que ainda não têm um lugar para ficar.