Os residentes dos 53 municípios moçambicanos dirigiram-se às urnas esta quarta-feira, 10 de outubro, para escolherem os presidentes dos conselhos autárquicos e os membros das assembleias autárquicas, que irão governar de 2019 a 2023.
Apesar da contagem de votos das Eleições Autárquicas ainda estar a decorrer, já foram divulgados alguns resultados. De acordo com o “CanalMOZ”, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) venceu na Beira e a Renamo ganhou em Quelimane, Nampula, Alto Molócuè e Mocímboa da Praia.
O momento conturbado do MDM, que ocorreu durante o período pré-eleitoral, parece estar assim a ter repercursões nos resultados das votações feitas em todos os municípios que estavam sob a gestão deste partido, à exceção da cidade da Beira, onde obteve 58% dos votos. Já a Renamo disputa o segundo lugar com a Frelimo, com 17% e 14%, respetivamente.
No entanto, independentemente de quem seja o vencedor das autárquicas, este terá pouco dinheiro para materializar as promessas que fez aos seus eleitores, devido à proposta de Orçamento de Estado para 2019, refere o semanário “@Verdade”. Está previsto que serão concedidos apenas 4,7 biliões de meticais para serem repartidos de forma não equitativa pelos 53 Conselhos Autárquicos.
Maputo, capital de Moçambique, recebe a maior parte do dinheiro, que corresponde a 797,6 milhões de meticais. Este valor, ao ser comparado com a quantia destinada ao município de Nyamayabue, que recebe a menor porção de meticais, sendo esta de 12,9 milhões, demonstra que a diferença na distribuição de apoios financeiros torna-se muito significativa.
Algumas das várias promessas feitas pelos candidatos a presidentes dos Conselhos Autárquicos estão relacionadas com o acesso a água potável, ao saneamento, à educação, à unidade sanitária e à eletricidade.