A Organização das Nações Unidas (ONU) reagiu com surpresa à morte do líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, que foi morto nesta segunda-feira, 11 de outubro, durante um confronto com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique.
O motivo da surpresa deve-se ao facto de a ONU ter esperado uma solução pacífica do conflito com Nhongo. As declarações foram feitas pelo enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas e presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni.
Apesar de reconhecer os esforços do Governo moçambicano em convencer o malogrado a aderir ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), Manzoni não esperava que o fim fosse a morte. “Na sequência dos sólidos progressos feitos até à data neste processo e da recente deserção pelos principais membros da Junta Militar da Renamo, esperávamos que a situação tivesse sido resolvida de forma pacífica”, afirmou através de um documento divulgado no site da ONU.
“Embora este seja um fim lamentável para a situação, reconhecemos os consideráveis esforços do Governo, no sentido de recorrer a meios pacíficos para devolver a estabilidade à zona centro de Moçambique”, acrescentou.
O secretário-geral da ONU espera que a situação com os restantes membros da Junta Militar da Renamo que continuam nas matas termine de maneira pacífica. “Este acontecimento não nos dissuadirá na busca pela paz, devendo servir para nos juntarmos e redirecionarmos os nossos esforços com vista a permitir que os restantes combatentes se juntem ao processo de DDR e se juntem a uma vida de paz”, defendeu.