O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, apelou a uma “ação regional e internacional urgente e coordenada”, em resposta à “ameaça à segurança comum” causada pelo “terrorismo internacional” em Moçambique, mais precisamente na província de Cabo Delgado.
O dirigente condenou o recente ataque terrorista ocorrido na vila de Palma, em Cabo Delgado, e mostrou preocupação pelo facto de haver grupos terroristas internacionais na África Austral.
Assim, partilhou o receio de os países da região mencionada não se encontrarem igualmente a salvo de ataques como aqueles levados a cabo em Moçambique. A província de Cabo Delgado é atacada desde outubro de 2017, o que já resultou em centenas de mortos e cerca de 700 mil deslocados, além da destruição de habitações e de outros bens.
“A Comissão da União Africana, através dos seus órgãos competentes, está pronta a apoiar a região e os seus mecanismos para enfrentar conjuntamente esta ameaça urgente à paz e segurança regional e continental”, disse numa nota divulgada pela imprensa.
Recorde-se que muitos países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, entre os quais Portugal. No entanto, até ao momento ainda não existiu abertura para que tal acontecesse, apesar de haver relatos e testemunhos que indicam a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.