O presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique, Cleophas Habiyareme, solicitou a criação de uma comissão independente para ser investigado o homicídio a tiro de um conterrâneo na cidade da Matola, na província de Maputo.
Recorde-se que o empresário ruandês da área do comércio e vice-presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique, Revocat Karemangingo, foi morto perto de casa, no dia 13 de setembro. O assassinato ocorreu na altura em que a vítima voltava de automóvel, sozinho, de um dos seus armazéns de venda de refrigerante e cervejas, segundo a Polícia da República de Moçambique.
Karemangingo, que já morava no país desde 1996, onde se refugiou após o genocídio no Ruanda em 1994, terá sido intercetado por duas viaturas, que o bloquearam e a partir das quais desconhecidos fizeram vários disparos.
Habiyareme quer ainda que a mesma comissão independente investigue o desaparecimento, em maio, do jornalista ruandês Ntamuhanga Cassien, que residia na ilha de Inhaca, em Maputo, além de uma tentativa de rapto do secretário da associação.
Uma vez que a comunidade ruandesa parece ser a “única” que passa por este tipo de situações, Cleophas Habiyareme pediu ao Governo moçambicano que pensasse sobre isso.