O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou na terça-feira o recente assassinato de cerca de 50 civis por militantes radicais no nordeste de Moçambique.
Através de uma declaração do seu porta-voz Stephane Dujarric, o chefe da ONU manifestou o seu choque pelos factos ocorridos na semana passada na província de Cabo Delgado, instando as autoridades do país a conduzirem uma investigação sobre estes incidentes e responsabilizarem os responsáveis.
Guterres exortou todas as partes em conflito a cumprirem as suas obrigações de acordo com as leis humanitárias internacionais e de direitos humanos.
O chefe da ONU reiterou ainda o compromisso da ONU de continuar a apoiar o povo e o governo de Moçambique na abordagem urgente das necessidades humanitárias imediatas e nos esforços para defender os direitos humanos, promover o desenvolvimento e prevenir a propagação do extremismo violento.
Os militantes também atacaram várias aldeias próximas, saqueando e incendiando casas antes de se retirarem para as montanhas.
Citado pela TSF, o bispo Luiz Fernando Lisboa revela que as ações armadas são perpetradas por grupos que se dizem ligados aos extremistas do Estado Islâmico e arrasam tudo à sua passagem: “Destroem casas, bens públicos, matam pessoas, raptam, meninas principalmente.”
A insurgência continua e os militantes intensificaram a ofensiva nos últimos meses, de acordo com os relatórios das autoridades.