O primeiro-ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble, decidiu emitir uma ordem de expulsão ao diplomata moçambicano Francisco Madeira, por alegado envolvimento em actos incompatíveis com o seu estatuto.
Em reação ao sucedido, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, disse à imprensa que está a apurar as reais razões da decisão. O ministério que representa irá pronunciar-se sobre o assunto nos próximos dias, partilhou.
Francisco Madeira é, desde 2015, representante especial do chefe da Comissão da União Africana na Somália. Foi nesta quarta-feira, 06 de abril, que recebeu a ordem de expulsão.
De acordo com um comunicado divulgado, o chefe do Governo da Somália considera o diplomata moçambicano uma ‘persona non grata’. Foi-lhe dado o prazo de 48 horas para deixar o país, ou seja, até esta sexta-feira, dia 08, por alegadamente “se envolver em actos incompatíveis com o seu estatuto de representante da Comissão da União Africana”.
No entanto, o documento não especifica o que o visado terá feito. Sabe-se que o Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmaajo, declarou que não autorizava qualquer ação contra Madeira e destacou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros que trata dos assuntos diplomáticos não comunicou ao seu representante quaisquer actos contra a soberania do país.
Segundo a “VOA”, Abdullahi Farmaajo realçou que a decisão de expulsar o diplomata não é “inclusiva” e foi emitida por um gabinete que não tem a responsabilidade exclusiva de tomar a decisão de expulsão.