As autoridades da Tanzânia recusaram, entre janeiro e junho deste ano, cerca de 9.600 pedidos de asilo vindos de cidadãos moçambicanos, vítimas dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.
O número foi divulgado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Segundo a própria, só de 07 a 09 de junho houve 900 pessoas forçadas a regressar a Moçambique após terem atravessado o rio Rovuma em busca de segurança na Tanzânia.
É igualmente referido que as famílias expulsas desse país estão expostas à violência de género e riscos de saúde na fronteira de Negomano, no distrito de Mueda, o único ponto de entrada dos repatriados. Muitas dessas famílias têm dormido ao ar livre.
“Há necessidade urgente de itens básicos de alívio de emergência e alimentos”, alerta a ACNUR, que avança já terem sido oferecidos utensílios de cozinha, colchões, cobertores e redes mosquiteiras, entre outros bens, a aproximadamente 1.500 pessoas.