As famílias vítimas do deslizamento da lixeira de Hulene, que se encontram atualmente colhidas no centro do bairro Ferroviário, já começaram a queixar-se contra a demora no processo de parcelamento de terrenos em Possulane, escreve o portal do governo. Este espaço foi garantido pelo Conselho Municipal de Maputo para as famílias que perderam as suas casas. Destacam-se os relatos de falta de privacidade, com situações em que cerca de vinte pessoas partilham mesma tenda.
Elina Sigaúque, representante das vítimas, refere que “as pessoas estão mais preocupadas em abandonar as tendas o mais rápido possível e começar a nova vida em Possulane“. Contudo, destacou que “está em curso o levantamento de dados de todos os acolhidos neste centro para se apurar quem deve ou não receber os terrenos uma vez que há um ligeiro conflito entre os inquilinos e proprietários das residências destruídas”.
Paralelamente a este processo de realojamento definitivo das cerca de 300 famílias que se encontram nos bairros Ferroviário e Albazine, a multinacional Mozal disponibilizou cerca de 7 milhões de meticais que foram canalizados para a compra de material de construção que compreende essencialmente sacos de cimento, chapas de zinco do tipo IBR e barrotes, avança o governo.
A lixeira do Hulene desabou e deixou desalojadas centenas de famílias, provocando 16 mortos.