A democracia piorou em toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2020. Nenhum está classificado como “democracia plena” no Índice da Democracia referente ao ano passado.
O documento divulgado nesta quarta-feira, 03 de fevereiro, indica igualmente que todas as regiões do mundo registaram um retrocesso democrático num ano marcado pela pandemia da Covid-19.
Este índice é realizado anualmente pela Economist Intelligence Unit (EIU), ligada à publicação britânica “The Economist”, e serve para medir os níveis de democracia em 167 países e territórios.
Portugal, por exemplo, apesar de ter sido o país lusófono mais bem posicionado na lista, desceu de uma pontuação de 8.03, em 2019, para 7.90, em 2020. Assim, baixou da 22.ª para a 26.ª posição, tendo então saído da classificação de “democracia plena” para integrar o grupo dos países considerados como “democracias imperfeitas”. Na atual categoria de Portugal encontram-se ainda o Brasil e Timor-Leste.
Já a Guiné-Bissau, que no índice de 2019 foi destacada como tendo feito “progressos notáveis”, manteve a pontuação de 2.63 em 10 pontos possíveis. No entanto, conseguiu subir uma posição no índice, ocupando o lugar 147.
Apesar da ligeira subida, a Guiné-Bissau continua a ter uma classificação de regime “autoritário”. O mesmo acontece com Angola, Moçambique e Guiné Equatorial.
Angola piorou a pontuação de 3.72 para 3.66, mas passou da posição 119 para a 117. Quanto a Moçambique, perdeu pontuação, saindo de 3.65 para 3.51, e caindo do lugar 120 para 122. A Guiné Equatorial manteve os 1.92 pontos da avaliação anterior, mas subiu da posição 161 para a 160.
Por sua vez, Cabo Verde caiu da 30.ª para a 32.ª posição, tendo sido considerado o segundo país com melhor classificação na África Subsaariana, região onde as ilhas Maurícias são a única “democracia plena”.
São Tomé e Príncipe não foi avaliado no índice.