A análise ADN de um corpo desmembrado um homem encontrado perto de El Bolson na Patagónia, confirmou que a vítima é o português residente em França, Nelson Moreira da Silva de 36 anos.
O alerta do desaparecimento de Nelson Moreira da Silva tinha sido lançado pela sua companheira, Charline Godart, residente em Melun nos arredores de Paris, que assinalara que Nelson estava desaparecido na Argentina desde 14 de Junho, depois de partir para uma marcha a 7 quilómetros do local onde os restos do seu corpo foi encontrado.
Segundo Charline Godart, Nelson Moreira da Silva poderá ter sido vítima de “traficantes de órgãos” tendo em conta que foi encontrada a cabeça, pernas e a bacia, mas os braços e o tronco desapareceram. Os investigadores argentinos precisaram também que não foi encontrado qualquer traço de sangue da vítima, nem no corpo nem na sua T-shirt. Mesmo assim, o procurador argentino afirma que se trata de um “acidente”.
“Estão a esconder qualquer coisa”, disse Charline Godart, que está a ser assistida por um advogado argentino, “desde o início deste caso tudo arrasta e ainda não recebemos as conclusões da autópsia”
Charline Godart contou também que contactou a embaixada de França que reponderam que não podiam fazer nada tendo em conta que o defunto é português. Contactadas as autoridade portuguesas, responderam que nada podem fazer porque Nelson Moreira da Silva vive há muito tempo em França.
Daniel da Silva, irmão de Nelson, lançou uma petição em linha para que “justiça seja feita”, tendo já recolhido perto de 2.400 assinaturas.