Simeón Angüé, ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) e da Cooperação da Guiné Equatorial, declarou hoje, em Lisboa, que está em curso a abolição da pena de morte no seu país, condição imposta pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a adesão da Guiné em julho de 2014.
O MNE da Guiné Equatorial, que se encontra em visita oficial a Portugal desde ontem, disse que: “Quero aqui reafirmar que há um processo para abolir a pena de morte na Guiné Equatorial. Estamos a realizar esse processo, fizemos uma moratória, e desde então ninguém foi executado”. Acrescentando que: “Em breve vamos chegar a uma conclusão sobre o tema da pena de morte. A Guiné Equatorial está a receber apoio técnico para que possamos chegar a um bom entendimento e que a pena de morte se possa abolir completamente”.
No que diz respeito à introdução da língua portuguesa na Guiné Equatorial, outra condição para a entrada na CPLP, o MNE afirmou que o seu país já está a desenvolver “um programa intenso de actividades educativas”, tendo a língua portuguesa sido introduzida no ensino primário, secundário e universidades.
Na sua primeira visita oficial a Portugal, o representante do executivo liderado por Teodoro Obiang, referiu que: “A Guiné Equatorial atribui uma importância capital às relações de cooperação com a república irmã de Portugal e estamos dispostos a colaborar nas relações de cooperação. Queremos reafirmar e também aprofundar, diversificar a cooperação nas áreas de interesse comum para benefício recíproco”, apostando na “diversificação da economia para ter mais fonte de receitas, além do setor de hidrocarbonetos”.
Simeón Angüé sublinhou o turismo e as pescas como domínios em que Portugal tem “potencial e experiência que pode partilhar com a Guiné Equatorial”.