O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, despediu-se do Brasil após o almoço que teve com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio Alvorada, em Brasília.
Concedeu uma última entrevista antes de partir de regresso a Portugal e considerou a visita ao Brasil como “magnífica”. Referiu que foram poucos e intensos dias, oportunidade em que relatou o encontro com o presidente do Brasil de forma bastante institucional.
Marcelo não quis se pronunciar sobre a desfeita do presidente brasileiro, em preferir participar num passeio de motociclos, ao invés de participar do ato de reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que se realizou no sábado, com a presença de importantes representantes internacionais.
Reiterou o espirito de cordialidade entre brasileiros e portugueses, e concentrou suas declarações no “espírito que nos une, com muito a concretizar e a realizar entre as duas nações”.
O presidente português revelou que o almoço com o presidente Bolsonaro tratou de assuntos de interesse dos dois países, nomeadamente as posições conjuntas sobre a articulação entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a prioridade de desenvolvimento das relações entre os países e a concretização do acordo entre Europa e o Mercosul (integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). O tema ambiental tem sido uma preocupação para o avanço dos entendimentos.
Salientou ainda a importância das comemorações, no próximo ano, do bicentenário da independência do Brasil, além da questão da língua portuguesa, cujo marco apontou para o restabelecimento do Museu em São Paulo.
O presidente disse ainda que conversaram sobre a pandemia, com as visões brasileira e portuguesa sobre o tema, sem revelar detalhes já que o presidente brasileiro enfrenta acusações de ser negacionista em relação ao tema.
Sobre viagens entre Brasil a Portugal, Marcelo confirmou entendimentos sobre o assunto com as autoridades brasileiras e disse vislumbrar com esperança a reabertura dos voos entre os dois países. E revelou: “ja tivemos reunião para reconhecimento mútuo de viagens entre os dois países à medida que a pandemia vai evoluindo”.
Sobre a ida do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, a Portugal, disse que ainda não há previsão para essa viagem.
Carlos Vasconcelos