O diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Filomeno Fortes, declarou à imprensa que as doações de vacinas contra a Covid-19, levadas a cabo por Portugal, têm sido uma contribuição de peso para uma alta taxa de vacinação dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
“Neste momento, e se olharmos para a média a nível da África, os nossos países estão acima da média (…) e aqui temos de realçar que Portugal teve alguma responsabilidade nestes dados, porque Portugal doou vacinas aos PALOP e isso tem estado a ajudar alguns países a melhorarem as suas coberturas”, disse.
Ao todo, o país já doou sete milhões de vacinas. Isto faz com que as taxas de vacinação nos PALOP sejam superiores à média dos outros países do continente africano.
Recorde-se que fazem parte dos PALOP os países Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.
O diretor do IHMT lembrou que África tem, atualmente, uma cobertura vacinal correspondente a cerca de 11%. Cabo Verde é o país mais avançado, com 52% da população já vacinada, seguindo-se Moçambique com 30%, Angola quase nos 16%, São Tomé e Príncipe com quase um terço dos habitantes vacinados, e Guiné-Bissau com 15%.