Portugal assinou com a Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL) o novo projeto de capacitação em língua portuguesa, que conta com um financiamento conjunto de 2,7 milhões de euros para reforçar as competências do Centro de Língua Portuguesa da instituição.
O projeto, que é cofinanciado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e que foi assinado esta quarta-feira, 10 de abril, pelo embaixador de Portugal em Timor-Leste, José Pedro Machado Vieira, e pelo reitor da UNTL, Francisco Martins, insere-se na cooperação bilateral com a universidade pública timorense.
Machado Vieira declarou à imprensa que este projeto dá seguimento à política de cooperação portuguesa com Timor-Leste, “com um investimento constante e consistente na Educação”, setor para onde é canalizada cerca de 80% da ajuda pública do Governo português ao país, sendo o objetivo global “contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em Timor-Leste e consolidação da língua portuguesa como instrumento para aquisição e acesso ao conhecimento”.
“A Cooperação Portuguesa e a UNTL assumem o compromisso de, sem distrações ou derivas, trabalhar para formar professores e alunos da UNTL, bem como funcionários públicos e população em geral”, esclareceu.
O “Formar, Orientar, Certificar e Otimizar” (FOCO-UNTL), em vigor até 2022, veio assim substituir o Projeto de Capacitação da UNTL em Língua Portuguesa, sendo “constituído por um conjunto de atividades destinadas a contribuir para o reforço das competências do Centro de Língua Portuguesa da UNTL” e apostando na melhoria do nível de proficiência em língua portuguesa dos professores e alunos da UNTL, bem como dos funcionários da Administração Pública e público em geral.
Ao todo, a UNTL contribui com um terço dos fundos do projeto e o Camões com dois terços. O reitor Francisco Martins afirmou que o projeto envolve 11 professores portugueses destacados em Timor-Leste e apoiados por entre seis e 18 professores timorenses, considerando esta medida essencial para que a UNTL possa implementar a sua missão “como instituição formadora e de investigação” e para “elevar a qualidade do sistema académico da universidade”, permitindo “capacitar e elevar a competência dos jovens timorenses em língua portuguesa”.