O Ministério dos Negócios Estrangeiros português anunciou esta terça-feira 20 de Março o envio de militares para Moçambique e que uma força de reacção rápida de fuzileiros e exército já seguiu para o país, devastado pelo ciclone Idai.
A missão dos 35 militares portugueses, 25 fuzileiros e 10 do exército, que embarcaram em Figo Maduro num C-130 da Força Aérea com destino à cidade da Beira, têm como missão prioritária a “busca, salvamento e resgate de pessoas em perigo, aproveitando as vias fluviais”. O C-130 deverá chegar ao início da tarde de esta sexta-feira a Moçambique, após efectuar duas escalas técnicas no Gana e em São Tomé e Príncipe.
O ministro da Defesa João Gomes Cravinho confirmou também que um segundo C-130 foi disponibilizado para o transporte de material, pessoal da Protecção Civil e técnicos de medicina legal.
José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que se encontra em Moçambique, disse esta quarta-feira que “há ainda portugueses que não estão localizados: temos na embaixada 30 pedidos de localização”. José Luís Carneiro irá deslocar-se à cidade da Beira para constatar a dimensão dos estragos e avaliar que esforços poderá ainda mobilizar o Estado português.
Apesar de o Consulado geral de Portugal na Beira ter sido muito danificado com a passagem do ciclone, não dispondo nem de comunicações nem de electricidade, o Cônsul Geral de Portugal na Beira e a equipa do Consulado Geral encontram-se nas instalações consulares onde “poderão atender, em caso de necessidade, os cidadãos portugueses”, informou a embaixada de Portugal em Moçambique que também confirmou que Portugal irá enviar cinco membros da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares, “para que se responda rapidamente a todas as solicitações”.