O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, esclareceu que enviar aeronaves de combate para a Ucrânia não é uma linha vermelha. No entanto, prosseguiu, o país está impossibilitado de fazê-lo neste momento.
“Da nossa parte não se trata de uma questão de linha vermelha”, realçou Costa na conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 10 de fevereiro, no final de uma cimeira extraordinária entre chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), em Bruxelas, onde também esteve presente o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O problema, explicou, deve-se ao facto de a frota que Portugal estar “empenhada em diferentes missões, de soberania nacional e garantia da integridade do território, missões de interceção” e também nos compromissos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa).
“Vamos ter agora uma missão de policiamento do espaço aéreo da Lituânia e esse é um compromisso com a NATO, por isso é uma área onde não podemos dispensar os equipamentos que temos”, acrescentou.
Recorde-se que Zelensky tem insistido nas últimas semanas sobre a necessidade de o país receber aviões de combate. Hoje voltou a fazer o pedido perante os Presidentes e primeiros-ministros dos 27 Estados-membros da UE.