O presidente da Assembleia da República de Portugal, Augusto Santos Silva, garantiu esta quarta-feira, 03 de maio, que o seu país vai continuar o esforço para ampliar a coligação que apoia a Ucrânia junto dos países africanos e da América Latina que sentem a guerra como distante.
A garantia foi dada na declaração proferida no Parlamento de Kiev, capital ucraniana, e enviada à “Lusa”. Esta intervenção do dirigente português abriu a sessão parlamentar, segundo a sua assessoria de imprensa.
De acordo com Santos Silva, o esforço de Portugal visa “tornar claro que as fronteiras da Ucrânia são, hoje, as fronteiras da liberdade, da segurança e da paz de todo o mundo”.
“Precisamos ainda de ampliá-la [a coligação]. Falando constantemente com os países do Sul, com os países de África e da América Latina, que são vítimas dos efeitos económicos da guerra, mas que às vezes a sentem como assunto distante, só europeu. É o que Portugal tem feito e continuará a fazer”, frisou.
O governante salientou também que “a guerra é o horror” e que, “quando uma das partes provoca a guerra, agredindo militarmente a outra parte, esta tem não só direito como o dever de se defender pelas armas”.
“Portugal e a Ucrânia são dois países próximos. Ambos europeus e ambos ocidentais. Com ligações crescentes entre os povos, alicerçadas sobretudo na dimensão e na excelente integração da comunidade ucraniana residente em Portugal, que fala ucraniano e português”, afirmou, considerando que estes laços “ficarão ainda mais fortes agora, através do processo de adesão da Ucrânia à União Europeia”.