O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, criticou nesta segunda-feira, 11 de outubro, o “diálogo insuficiente” entre aliados na saída “embaraçosa, para dizer o mínimo”, do Afeganistão.
Neste âmbito, pediu que a União Europeia (UE) e a NATO (OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte) alinhassem posições. O apelo foi feito durante uma intervenção em inglês na 67.ª sessão da Assembleia Parlamentar da NATO, realizada num hotel de Lisboa.
De acordo com Rebelo de Sousa, Portugal tem uma “lealdade duradoura e imutável” para com a Aliança Atlântica, da qual é membro desta a sua fundação, em 1949. Como tal, é “aliado nos bons e nos maus momentos”.
O chefe de Estado defendeu então um reforço do multilateralismo neste “tempo difícil e complexo multipolar” de “perigosas erosões de democracias”, de “recuperação assimétrica de economias e sociedades” e “também de recentes abordagens internas diferentes e a queda embaraçosa, para dizer o mínimo, do Afeganistão, com diálogo insuficiente entre aliados”.
Para o governante, a NATO deve transmitir “uma mensagem forte e clara de coesão, unidade e solidariedade”. A mesma deve espelhar-se no seu novo conceito estratégico, que deverá ser aprovado em Madrid, capital espanhola, em 2022.
“A NATO, que tanto deu às democracias e à segurança coletiva, precisa que esta trajetória plural e multilateral seja reforçada”, concluiu.