O ministro timorense da Justiça, Manuel Cárceres da Costa, considera que a cooperação de Portugal com o seu país tem sido fundamental para o reforço do Estado de Direito democrático em Timor-Leste, que “continua a atravessar dificuldades, nomeadamente em relação à área da justiça”.
A declaração foi feita na Universidade de Coimbra (UC), em Portugal, onde falou na sessão de assinatura de um protocolo quadro de cooperação e dois contratos entre Timor-Leste e o referido estabelecimento de ensino.
Os acordos formalizados preveem a realização, em Coimbra, de cursos de formação avançada dos magistrados e dos defensores públicos timorenses ao nível da língua portuguesa, na Faculdade de Letras da UC, e da formação em Direito de Timor, na Faculdade de Direito da UC, além da promoção de cursos de português para licenciados timorenses em direito selecionados para frequentarem mestrados da Faculdade de Direito.
“É um verdadeiro privilégio poder contar com a prestigiosa colaboração da Universidade de Coimbra”, realçou o governante, acrescentando que “é um número já considerável de quadros superiores timorenses” que servem o país e que fizeram formação em Coimbra.
Mencionou igualmente que “vários cidadãos” timorenses frequentam atualmente, “em diversos áreas e graus”, a UC, que é um “espaço de referência mundial dos que buscam sabedoria”, ajuntando ainda que os timorenses estão “cientes dos desafios” que se lhes colocam, mas que os mesmos “contam com a colaboração internacional”.
De acordo com o reitor da UC, os acordos formalizados com Timor-Leste têm uma “importância especial” para a instituição e inserem-se na sua “estratégia global, que é a internacionalização”. Amílcar Falcão partilhou que espera que este tipo de cooperação se possa “multiplicar” por outras áreas do saber e com “outros países de língua portuguesa”.