Os timorenses que se encontram em Portugal em situação irregular estão com medo de registar-se na Embaixada de Timor-Leste em Lisboa, porque receiam a deportação.
Esta é a conclusão que consta no relatório e parecer da Comissão B, de Negócios Estrangeiros, Defesa e Segurança à proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023, que começa a ser debatida na generalidade na próxima semana.
Segundo um texto, referido pela “Lusa”, a situação dos imigrantes timorenses em situação irregular em Portugal foi discutida na audição pública com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Timor-Leste, Adaljiza Magno.
No documento é mencionado que a governante “realizou uma reunião em Portugal, no passado mês de junho, onde pode constatar as condições e as incertezas dos cidadãos timorenses” em território português.
“Muitos timorenses não vão à Embaixada solicitar apoio, com medo de serem deportados, por conseguinte, foi entregue um relatório ao Ministério da Justiça, com especial consideração pela constatação de indícios de uma rede de venda de bilhetes de viagens ilegais”, lê-se ainda.