Jorge Bom Jesus e a sua equipa vão ser ratificados no Congresso Extraordinário do MLSTP/PSD marcado para este sábado.
A reunião magna vai reunir 900 delegados e 50 convidados. Além de sancionar a nova liderança do partido, vai aprovar também documentos importantes, para a vida interna do partido e na perspetiva do próximo pleito eleitoral.
A chapa vencedora é considerada de integração. Fazem igualmente parte Elsa Pinto, Osvaldo Vaz e Américo Barros, como vice-presidentes. Arlindo Barbosa é o secretário-geral, coadjuvado por Wuando Castro e Aléris Frank, como adjuntos.
Barros e Barbosa vêm da anterior Direção. É dada igualmente oportunidade a jovens quadros, uma das reivindicações do “grupo dos renovadores”.
O porta-voz do partido e ex-ministro da Educação admitiu em declarações a e-global que o “parto não foi fácil”, mas está convencido que uma etapa para a reunificação dos sociais-democratas foi vencida.
Bom Jesus disputou o cargo na reunião alargada do Conselho Nacional que teve lugar esta quinta-feira, com Maria das Neves. Mas a ex-candidata às eleições presidenciais de 2016 acabou por desistir.
A reunião do Conselho Nacional terminou cerca da meia-noite e teve muita participação.
A eleição de Bom Jesus para o mais alto cargo do MLSTP-PSD marca o afastamento da liderança de Aurélio Martins. Os militantes acusam-no de manter uma relação com o primeiro-ministro e presidente do partido no poder, Ação Democrática Independente (ADI), Patrice Trovoada.
Martins negou, mas para os membros do partido, o seu envolvimento no pedido juntamente com deputados do ADI para uma investigação parlamentar ao Supremo Tribunal de Justiça, que foi transformada em resolução para destituição de juízes conselheiros daquela instância, confirmaram a desconfiança que se tinha instalado há algum tempo.
Jorge Bom Jesus já tinha reconhecido numa recente entrevista ae-globalque a crise interna fez o partido perder algum tempo no processo de mobilização para os pleitos eleitorais.
O MLSTP/PSD é um partido vocacionado para o poder. O objetivo é ganhar as eleições, que deverão ter lugar provavelmente a 7 de outubro próximo. Se a vitória não for possível, a alternativa é contribuir para retirar a maioria absoluta ao ADI.