Os três cidadãos espanhóis e dois são-tomenses detidos preventivamente há cerca de três meses estão entre os 20 arguidos acusados pelo Ministério Público de vários crimes entre os quais, alteração do estado de direito, atentado contra o presidente da República, associação criminosa, posse de armas proibidas, engenhos e substâncias explosivas e contrafação de moedas.
Em comunicado distribuído à imprensa, a Procuradoria-Geral da República acrescenta três crimes de conjura atribuídos aos arguidos, sublinhando que estas acusações surgem no âmbito “das investigações de tentativa de golpe de estado desmantelado a 04 de agosto” deste ano.
“A Procuradoria-Geral da República dá assim por concluído um processo de investigação de mais de dois meses, levado a cabo pela Polícia Judiciária santomense e que contou com apoio de Portugal e da Interpol”, refere o comunicado.
O documento salienta que a “assessoria técnica e direta da Unidade de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária Portuguesa” prestada a PJ de São Tomé e Príncipe foi importante nessa investigação.
O comunicado sublinha ainda que “o processo foi enviado para o Tribunal de Primeira Instância para efeito de julgamento”. Mas antes vai seguir “algumas tramitações antes do juiz sorteado marcar uma data”, disse a fonte.
Fonte judicial disse que entre os 20 arguidos constam altas patentes das Forças Armadas e de forças paramilitares.
A e-Global ainda não conseguiu obter uma reação da defesa dos cidadãos espanhóis.