O executivo santomense apertou as medidas de restrição, face à “nova realidade”. A análise de cerca de uma dezena e meia de amostras enviadas quinta-feira passada para o laboratório de Franceville, Gabão, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, OMS, indicaram que quatro foram “considerados positivos”.
A reunião do Conselho de Ministros impôs novas medidas que entrarão em vigor a partir de quarta-feira, 8 de abril e vigorará enquanto durar o Estado de Emergência sanitário. Entre elas destaca-se a “suspensão de todas as ligações marítimas e aéreas entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, excetuando as situações de emergência sanitária devidamente autorizadas pelo primeiro-ministro e chefe do governo”
Também “estão suspensas todas as visitas aos doentes internados nos hospitais, Centros de Saúde, lares de idosos e penitenciária”.
O horário de trabalho na Administração Pública passa a ser das 7:30 às 13h e, redução, em “sistema de rotatividade”, dos funcionários dos serviços públicos não essenciais, “dando especial atenção aos funcionários com filhos menores”.
A atividade comercial (lojas e supermercados) também terá um horário único, das 8:30 às 17h. Os mercados municipais e distritais encerram as 16h e fica “expressamente proibida a venda nos passeios”.
Restaurantes, bares, cafés, pastelarias e roulottes serão encerrados, com exceção dos que tenham serviços de entrega ao domicilio.
Os táxis e viaturas privadas passam a circular com metade da capacidade legal de passageiros. Reuniões e concentrações proibidas, assim como encontros com mais de 10 pessoas.
Por outro lado, no processo de prevenção e combate ao COVID-19, na vertente sanitária, vai ser imediatamente ativado o centro de isolamento complementar ao Hospital Central. Vão ser reforçados o sctok de medicamentos, consumíveis e reagentes para o combate ao novo coronavírus e a outras doenças que ainda enfermam o nosso País.
Os contactos com a OMS vão ser acelerados para o envio urgente do laboratório de despistagem e do hospital de campanha prometidos, bem para a compra de ventiladores e outros materiais necessários para o combate ao COVID-19;
O governo apelou, “uma vez mais, à calma, à serenidade de toda a população, e acima de tudo, à união e solidariedade de todos os são-tomenses, porque todos seremos poucos para enfrentar esta grande batalha contra este inimigo invisível”.
O comunicado lido pelo ministro da presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Wuando Castro, anuncia ainda que os “tempos que se avizinham serão de muito sacrifício e de muita abnegação” e o governo estará na “vanguarda deste combate e não fugirá às suas responsabilidades”.