O presidente de São Tomé e Príncipe disse que chamará “o partido que venceu as eleições, mesmo com maioria simples”, a Ação Democrática Independente (ADI), seguindo as regras constitucionais.
Evaristo Carvalho não precisou se a consulta ao ADI é para formar um governo minoritário ou pedir sustentabilidade parlamentar.
O presidente santomense falou aos jornalistas no aeroporto, momentos antes de viajar para a Guiné Equatorial onde vai tomar parte nos festejos do 50º aniversario da festa nacional do país vizinho.
Ele disse que já definiu “as diligências” a efetuar logo após a publicação dos resultados definitivos pelo Tribunal Constitucional e a entrada em funções do novo parlamento, que poderá passar pela “recondução do atual governo ou a formação de outro”, sublinhou.
Evaristo Carvalho insistiu que vai “seguir os trâmites constitucionais legais em vigor”.
ADI afirma que quer formar governo.O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, anunciou que vai procurar um entendimento com os deputados de Caué, o que garantiria 27 deputados, menos um que os assentos assegurados pelo MLSTP e a Coligação, que fizeram um acordo de incidência parlamentar e com fins governativos.
«Caso o ADI não consiga essa sustentabilidade no parlamento, aí caberá ao MLSTP, que ficou em segundo lugar, apresentar essa mesma sustentabilidade ao Presidente”, Evaristo Carvalho, referiu Levy Nazaré.
Patrice Trovoada recua no posicionamento assumido meses atrás, segundo o qual não governaria se não reconquistasse a maioria absoluta.
Os dirigentes do MLSTP/PSD e da Coligação já apelaram ao presidente da República para que “queime etapas”, porque um governo da ADI “sucumbirá” no parlamento, sem o apoio da maioria absoluta formada pela oposição.
A confirmar-se este cenário, o país só entraria em funcionamento a partir do segundo trimestre de 2019, depois de cumpridos os procedimentos relacionados com a aprovação do Programa do Governo e do Orçamento Geral do Estado pelo novo executivo.