Guilherme Pósser da Costa, o segundo candidato mais votado nas eleições de 18 de julho em São Tomé e Príncipe, pede a recontagem de votos, e não pretende ir à segunda volta com qualquer tipo de suspeita.
Estas declarações de Pósser da Costa surgem depois das candidaturas de Delfim Neves e Maria das Neves terem também reclamado dos resultados provisórios das eleições presidenciais, alegadamente marcadas por “fraude eleitoral” de acordo com as denúncias dos candidatos.
Pósser da Costa tem confiança no resultado que obteve, mas adverte a Comissão Eleitoral Nacional a proceder à recontagem dos votos para evitar suspeitas de fraude eleitoral.
“Eu concordo com uma recontagem de votos. Concordo por uma simples razão: eu não quero ir à segunda volta com qualquer tipo de suspeição”, disse o político.
Da Costa acrescentou que “eu não me sentiria confortável estando na segunda volta com suspeita de eventualmente os resultados terem sido defraudados por uma ou por outra candidatura, ou por quem quer que seja”.
Posser da Costa, que avançou à segunda volta do pleito eleitoral tendo como oponente Carlos Vila Nova, apoiado pelo partido ADI, considera que obteve votos legítimos dos são-tomenses e por isso pretende “ser o Presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe limpo de qualquer tipo de suspeitas e de fraude”.
“Acho que essas eleições aparentemente terão corrido bem. Não tivemos apagões, a Rádio Nacional transmitiu até às três da manhã”, disse o candidato para depois acrescentar que “sendo que existe esta dúvida, esta suspeição, eu concordo que haja a recontagem dos votos, para que fique claro e para a consolidação da nossa democracia”.
Cerca de 4497 votos foram dados como desaparecidos na eleição presidencial de 18 de Julho. Alguns candidatos alegam serem os detentores desses votos. A recontagem de votos poderá alterar o posicionamento de alguns candidatos.