Ainda não há respostas sobre as causas que impediram a descolagem do “Antonov 74” no aeroporto internacional de São Tomé. O cargueiro russo despistou-se, sábado de manhã, quando o piloto tentou abortar a operação e caiu numa pequena ribanceira nas imediações da localidade de Praia Gamboa, bastante povoada.
As seis pessoas a bordo, quatro membros da tripulação e dois passageiros, todos de nacionalidade russa, sofreram alguns ferimentos e não correm perigo de vida.
A rápida intervenção de uma equipa de bombeiros do aeroporto e da proteção civil evitou a explosão da aeronave que ficou bastante danificada. Os destroços já foram retirados do local onde o aparelho tombou.
Aparentemente algo correu mal. “O que aconteceu foi que o avião não saiu do chão. O avião estava na corrida para a descolagem, mas não conseguiu descolar”, disse António Lima, especialista santomense em aviação civil.
As autoridades estão na posse da caixa negra do aparelho que deverá ajudar a entender as causas do acidente. Com o mesmo objetivo, foi também criada uma comissão de inquérito na sequência da reunião de emergência convocada pelo ministro das infraestruturas, Carlos Vilanova, com os responsáveis do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Empresa Nacional de Segurança Aérea (ENASA).
O Antonov pertencente à companhia Cavok, da Ucrânia, estava a serviço de uma empresa norte-americana, cujo nome não foi revelado.
Os cargueiros Antonov de fabrico russo têm protagonizado vários acidentes em países do continente africano.