Para os santomenses uma das prioridades é conhecer rapidamente o desfecho da investigação relacionada com os acontecimentos de 25 de novembro de 2022.
Há, por enquanto, várias perguntas sem resposta. Entre elas, se o alegado assalto ao Quartel das Forças Armadas, foi intencional ou um simulacro? Por quê da tortura e assassinato de quatro civis, por militares, um deles – Arlécio Costa – que nem estava no teatro das operações e a prisão de civis, alegadamente mandantes da intentona, por militares, desrespeitando todos os procedimentos legais? E, ainda, a estranheza perante o facto do presidente da República, enquanto comandante supremo das FASTP não tenha sido o primeiro a falar o país sobre os acontecimentos, mas sim o primeiro-ministro, Patrice Trovoada?
Carlos Vila Nova fez referência na sua mensagem de Ano Novo a “estes acontecimentos que marcaram muito negativamente a nossa sociedade, pelo que todos, aguardamos ansiosos pelo seu desfecho com as investigações em curso”.
As investigações estão a ser conduzidas, segundo o Ministério Público, por uma equipa da Polícia Judiciária e da Medicina Legal portuguesa e sob o olhar atento de especialistas da CEEAC e do Alto Comissariado regional dos Direitos Humanos.
As estruturas do judiciário entrou de férias até março próximo, mas os “trabalhos vão continuar”, confirmou a e-Global, o Procurador-geral, Kelve Nobre de Carvalho, porque o processo envolve pessoas que estão privadas de liberdade.
Entretanto, a Plataforma da oposição que realizou uma manifestação de rua e teve audiências com o chefe de Estado e o ministro da Defesa e Ordem Interna, Jorge Amado, sobre o tema, já anunciou que continuará a exercer pressão para que o episódio seja esclarecido e os responsáveis exemplarmente castigados.