Florêncio Sanches, diretor do Serviço de Registro e Verificação de Empresas (SERVE) timorense, declarou que 300 empresas irão fechar no país devido ao clima económico que se vive em Timor-Leste.
Das 300 empresas, 70% são detidas por estrangeiros, que avançaram com o pedido de encerramento há 2 meses.
As empresas que irão encerrar são do sector retalhista e da construção civil, tendo invocado algumas a “ausência de propostas” do executivo timorense de forma a manter as empresas em funcionamento.
Refira-se que a Lei do Investimento Privado foi aprovada no parlamento timorense, por unanimidade, a 25 de abril de 2017, com o objectivo de “promover o investimento através de garantias gerais para todos os investidores e benefícios especiais para investidores que respeitem algumas exigências adicionais. As condições são, portanto, mais atrativas, o que facilita o investimento privado local e estrangeiro e promove o desenvolvimento do setor privado em Timor-Leste”.
A nova lei do investimento privado foi harmonizada com a legislação dos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
O presidente Francisco Lu-Olo sublinhou, em junho passado, a necessidade de promover de forma mais célere a “adesão de Timor-Leste” à ASEAN, garantindo a segurança e estabilidade regionais. Intenção de adesão que foi reforçada por Dionísio Babo Soares, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do executivo liderado por Taur Matan Ruak, e por José Ramos Horta, ex-presidente de Timor-Leste, na semana passada.