O novo executivo liderado por Taur Matan Ruak recebeu, através do presidente timorense, Francisco Lu-Olo, o reforço do interesse na área da cooperação bilateral por parte da Namíbia, Geórgia, Mianmar, Tailândia, Malta e Rússia.
Estes seis países têm vindo a cooperar no domínio da agricultura, educação e saúde com Timor-Leste.
Refira-se que, em maio de 2017, a ONG timorense La’o Hamutuk (Instituto de Timor-Leste para a Monitorização e Análise do Desenvolvimento) sublinhou que Timor-Leste deveria repensar o plano estratégico de construção de grandes projetos de infraestrutura, como aeroportos internacionais, voltando-se para a agricultura, a educação e a saúde.
De acordo com declarações de um especialista da La’o Hamutuk: “Timor-Leste está muito perto do fim da sua actual era do petróleo. Já recebeu 98% do dinheiro a receber pelos campos petrolíferos que estão em produção”, referindo que: “Dois terços desse dinheiro está de parte e isso é bom. Mas têm de usar esse dinheiro para se prepararem para uma economia que não inclua reservas de petróleo: educação da população, montar sistemas básicos de abastecimento de água, um sistema nacional de saúde básico”.
A ONG salientou que mais de 60% da população de Timor-Leste subsiste da agricultura, sendo que: “A maior parte é agricultura de subsistência, apenas para alimentar a família, e isso pode ser melhorado, a produtividade pode ser aumentada. Criando um mercado local para os produtos agrícolas e aumentar algumas exportações”.
Nesse sentido, a La’o Hamutuk mencionou que Timor-Leste importa bens no valor de 447 milhões de euros anuais, exportando somente 20 milhões, 90% dos quais em café.
A ONG referiu que os gastos na área da agricultura, saúde e educação, têm decrescido nos últimos três anos.