Soldados australianos estão a ser acusados de manter um centro de interrogatório secreto em Díli, capital de Timor-Leste, de acordo com uma reportagem transmitida pela televisão australiana ABC TV.
“Era um centro secreto, que não existia oficialmente”, afirmou um capitão da polícia militar aos investigadores.
A peça indica que 14 suspeitos de pertencerem a milícias pró-indonésias foram torturados em 1999, refere a “Lusa”. Esse grupo incluía três menores, agricultores e um homem com deficiência auditiva.
Efetivos das forças especiais do país (SAS) foram acusados de manter o mencionado centro de interrogatório secreto em território timorense, em setembro de 1999. Trata-se de uma denúncia feita numa reportagem do programa Four Corners, onde foram ouvidos 11 dos 14 detidos como suspeitos de serem milícias pró-indonésias.
As alegadas vítimas dizem ter sido despidas, agredidas, privadas de comida, água e sono, além de serem obrigadas a olhar para os corpos mutilados de dois membros das milícias.